data-filename="retriever" style="width: 100%;">Neste último mês, se reuniu em Bento Gonçalves a cúpula do Mercosul. Para que finalidade? O mercado comum latino do sul sempre foi uma "fantástica fábrica do horror". Nunca emplacou como um bloco consolidado e com serventia para a população. Oremos mais uma vez, contudo as mudanças e ações são muito aquém do esperado. Para nós sulistas isso é importantíssimo, devido a nossa fronteira tanto com o Uruguai como a Argentina e para o comércio por aqui. Mas vejamos algumas das decisões.
A princípio, uma importante decisão deve-se ao fato da aprovação da autorização para que os quatro países aumentem a cota para compras isentas de taxas em viagens pelo Mercosul. O valor dobrou de US$ 500 para US$ 1.000. Ora, para os consumistas de plantão, uma bela novidade. E até porque está chegando o Noel e as lojas da fronteira (free shop) proporcionam o prazer de compras de belas espumantes, vinhos, cervejas, champanhe e demais produtos que fazem parte da cesta natalina e de final de ano.
Para que a medida seja efetivada, porém, cada país tem que aprovar uma regra interna. No caso do Brasil, a Receita Federal deve publicar uma resolução com a mudança. Se efetivado, o valor valerá para viagens por meio aéreo ou marítimo dentro do Mercosul e engloba compras em qualquer país na região que compõe o bloco. Esperamos que a medida se estenda para os consumidores que se dirigem via terrestre também.
Mas, para os lojistas locais e das demais cidades da fronteira, isso não é uma notícia muito boa. Apesar de que a liberdade econômica é isso, ou seja, a lei da oferta e demanda funcionando com toda força. Outro fato são os free shops no Brasil, mas que lentamente começam a aparecer por lá. Isso favorece o comércio local porque traz novos consumidores, principalmente, argentinos e uruguaios.
Há outras medidas, como ampliação de voos entre os países, fim da cobrança de "roaming" internacional em serviços de telecomunicação e um acordo de integração migratória onde será possível compartilhar antecedentes criminais. Vejam que são modestas as ações. E a esperança que um dia teremos um bloco forte, pensando na indústria, troca de tecnologia e demais avanços institucionais, vai ter que esperar um pouco mais.
Vou curtir o Natal!
Um Feliz Natal a todos(as) os(as) leitores e leitoras!